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Em certos momentos demonstrando saber o que queria, ao dá seu recado, Chiê, disse que das mortes ocorridas no dia 30 de Outubro no Povoado Palmeira de Cima município de São Miguel do Tapuio, ele arrepende-se apenas por ter tirado a vida de seu compadre Claudio Barros Oliveira. "Peço desculpas aos familiares do compadre Claudio. Eu não matei Claudio, matei Claudionor".
Indagado porque executou sua companheira Maria Moreira, Chiê, disse que foi por traição. "Antes de atirar perguntei sobre o que tinha visto e ouvido, ela negou. Por isso a matei". Sobre as armas, de primeira refugou, mas depois falou que todas vem e estão à disposição do crime.
Quase chorando disse que fez aquilo para abrir os olhos do mundo e pediu que as pessoas parem de sufocar outras. "Não sou traficante e nem ladrão. Estou a quatro anos afastado dessas coisas, sofri muita pressão, fiquei acoado não tive outra saída". A respeito do patrimônio Chiê alegou que algumas pessoas tinham inveja do seu padrão de vida "Tenho pontos de aluguel, minha mulher trabalhava e vivíamos de empréstimos. Os caras não tem coragem de dá um prato de comida pra ninguém, quando aparece alguém que dá eles acham ruim. Esse povo tem que mudar a mentalidade".
Um repórter perguntou como ele iria encarar a vida dali por diante "Agora só quero morrer. Já posso morrer porque expliquei os motivos que me levaram à este ato para meu pai e minha mãe".
A prisão de Chiê ocorreu às 16:00h na periferia de São Miguel do Tapuio, depois que o delegado Laércio Evangelista, averiguou informação repassada ao aparato policial que a 8 dias estava tentando prender o assassino da Palmeira de Cima. Depois de preso Chiê foi levado para a sede da 2ª Cia/15º BPM e transferido momentos após de helicóptero para Teresina, aonde a imprensa pode entrevistá-lo.
Por: Jurandir Viana
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