Militar disse à TV Meio Norte que o dono seria seu filho Romário Mota. Reportagem da Band mostrou documento rasurado e com outro nome no local.
De acordo com a reportagem, o livro de atas da Associação de Seguranças Noturnas mostra que foi realizado uma alteração no nome do proprietário da empresa. Em cima de uma rasura, aparece o nome do professor José Roberto Alves da Silva.
Para quem não lembra, José Roberto Alves da Silva, foi preso no dia 08 de julho de 2013, em Castelo do Piauí, acusado de pedofilia contra três crianças com idades entre 4 e 6 anos.
Segundo reportagem veiculada à época pelo Portal Meio Norte, o pai das crianças teria tentado linchar o acusado, mas acabou sendo impedido pelo policial militar Elias Júnior.
"Esse elemento, era íntimo da família das crianças, e que usava essa intimidade, para tentar aliciá-las, usando lanches e presentes. Mas na ação de hoje, ele usou um passeio de moto e em seguida levou as vítimas para uma lanchonete sem autorização dos pais, para no caminho tentar aliciar as crianças", disse o PM à época em entrevista ao Portal Mais Castelo e reproduzida pelo jornalista Efrém Ribeiro no Portal Meio Norte.
Atualmente o até então proprietário da empresa de segurança segue sua rotina normalmente na cidade. Amigo pessoal de Elias Júnior ele é concursado como agente comunitário de saúde da prefeitura municipal de Castelo do Piauí e recentemente ficou classificado em uma seleção para alfabetizadores, coordenadores e intérpretes do programa Brasil Alfabetizado na 5ª GRE, que atende o município de Castelo.
O acusado de pedofilia foi levado por Elias Júnior até o delegado Igor Gadelha, responsável pela região naquele ano. O caso emperrou na Justiça e o acusado acabou sendo liberado logo em seguida. Depois disso, o mesmo abriu uma filial da Igreja Congregação Assembleia de Deus, onde ainda hoje é coordenador.
ELIAS DISSE QUE EMPRESA ERA DO FILHO
Em entrevista exclusiva concedida ao jornalista Dânio Sousa, âncora do programa Agora, da Rede Meio Norte, o militar que já estava lotado no Quartel do Comando Geral (QCG) em Teresina, afirmou que em Castelo existe uma Associação que presta serviços de vigilância noturna.
Indagado pelo jornalista se a empresa seria sua ou se tinha participação, ele negou e disse que o proprietário seria o "Sr. Romário", no caso, seu filho mais velho. O nome de Romário Mota pouco depois foi confirmado pelo subcomandante da PM, o coronel Lindomar Castilho, como o verdadeiro proprietário da empresa.
"Romário é o filho dele, dono da empresa de segurança noturna. A denúncia é grave e vamos apurar com o rigor necessário. Nós da Polícia Militar temos o total interesse em apurar esse caso", ressaltou Castilho.
A informação foi levantada após boatos de que Elias Júnior teria contratado menores, entre eles Gleison Vieira da Silva, de 17 anos, morto no CEM, para que aterrorizassem a cidade e levassem a sensação de insegurança para a população. Com isso, as pessoas iriam aderir aos serviços prestados pela empresa.
Cada morador que é beneficiado com os serviços da empresa paga uma taxa mensal de R$ 15 reais por residência. Em entrevista à Band, um morador afirmou que a residência que não possuía o selo da empresa deveria ser alvo dos adolescentes, que invadiam e praticavam roubos e assaltos.
ANATEL FECHOU RÁDIO DO PM
Na manhã desta terça-feira (18/08) uma fiscalização da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) fechou a rádio Mutirão FM em Castelo do Piauí. Além da rádio, outras três foram alvo da fiscalização.
Na manhã desta terça-feira (18/08) uma fiscalização da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) fechou a rádio Mutirão FM em Castelo do Piauí. Além da rádio, outras três foram alvo da fiscalização.
Alguns meses atrás, o policial militar Elias Júnior foi investigado pela Corregedoria da PM acusado de ser o proprietário da rádio que operava clandestinamente na cidade. Desde então a rádio passou a ser comandada pelo seu filho Ronaldo Mota, mas Elias mantinha um programa diário na grade de programação.
De acordo com populares, o PM teria participação ativa tanto na rádio, como na empresa de segurança noturna e no Portal Castelo, que também é coordenado por Ronaldo Mota.
Durante entrevista veicula pela TV Band na tarde de ontem, populares afirmaram que são receosos em comentar sobre o suposto envolvimento do PM nos crimes. Segundo eles, todos temem Elias Júnior na cidade.
A informação seria de que os desafetos políticos eram ameaçados constantemente através desses veículos de comunicação. Em uma das oportunidades, Igor Rafael, editor-chefe do Portal Marvão, que disputa com o Portal Castelo na região, teria sido o alvo das ameaças.
Em reportagem veiculada no dia 10 de março de 2014, ele conta que o PM disse ao vivo em seu programa intitulado "Tribuna do Povo", que o Portal Marvão estaria dando apoio ao bandidos. As críticas e ameaças se deram devido Igor Rafael ter reproduzido uma matéria em seu site falando sobre uma agressão sofrida por um morador de Castelo do Piauí. Na ocasião, Elias Júnior e Romário Mota teriam agredido a vítimas com socos e chutes.
Fonte: Manoel José/O Olho
Edição: Jurandir Viana
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