Filhos do militar acusado de ser mandante do estupro coletivo rasuraram documento e mudaram o nome do proprietário. Band exibiu com exclusividade.
"Não tenho nada a ver com isso. Estou sendo vítima nesse caso. Colocaram meu nome no documento dizendo que eu era o dono da Associação e da rádio, mas eu não tenho nenhuma relação com eles. Se fosse, lá constava meus dados pessoais, meu CPF, meu RG, e nada disso tem. Eles fraudaram o documento para tentar me acusar. Todo mundo viu que esse documento está rasurado e que foi eles quem tiraram o nome do proprietário", revelou.
José Roberto afirmou ainda que o proprietário da empresa é Romário Mota, filho do PM Elias Júnior. Segundo ele, um advogado já está sendo procurado para que possa ingressar com ação na Justiça.
"Quero que eles deixem meu nome de mão. Toda hora falam na rádio. Já estou procurando meu advogado para tomarmos as providências", afirmou.
Perguntado se já teve alguma participação na empresa ou se tem alguma relação com o militar, ele diz que não. "Já fui amigo dele, mas faz tempo que estava afastado. De primeiro ele me ligava, eu ligava para a rádio dele, mas agora não tínhamos mais nenhuma relação. Também nunca trabalhei nessa empresa", rebateu.
BAND REVELOU FRAUDE
Reportagem exclusiva veiculada pela TV Band revelou que os verdadeiros proprietários da Associação de Seguranças Noturnos fraudaram o documento oficial da empresa.
Reportagem exclusiva veiculada pela TV Band revelou que os verdadeiros proprietários da Associação de Seguranças Noturnos fraudaram o documento oficial da empresa.
No local onde estava o nome de Romário Mota, foi rasurado e colocado uma nova tarja com o nome do professor José Roberto. Segundo ele, a intenção é de colocá-lo em uma situação de acusado e tentar tirar do foco do nome dos familiares do PM.
"O dono lá é o Romário. Não sei como o meu nome foi aparecer nesse documento", afirmou.
SERVIÇOS DA EMPRESA
Em entrevista à Band populares de forma receosa disseram que eram obrigados a contratarem os serviços da empresa. Caso não contratassem, os menores que supostamente eram agenciados pelo PM teriam aval para roubarem no local e cometerem assaltos.
Em entrevista à Band populares de forma receosa disseram que eram obrigados a contratarem os serviços da empresa. Caso não contratassem, os menores que supostamente eram agenciados pelo PM teriam aval para roubarem no local e cometerem assaltos.
"Todo mundo sabe que ele mandou fazer uma coisa aí, mas ele não pensava que iria dar esse tanto de coisa aí. Diz o pessoal que ele é quem tá por trás de todo esse negócio das meninas. Quem tem comércio e ele mandar botar a placa e não aceitar, é roubado e pode acontecer qualquer coisa", disse o popular que não quis ter a identidade revelada. O relato faz relação as placas de propaganda da empresa de segurança do PM. Os comerciantes pagam R$ 30 mensais pelo serviço.
OUTRO LADO
A reportagem do O Olho entrou em contato com Ronaldo Mota, filho do PM Elias Júnior. De forma grosseria, ele atendeu, mas não quis comentar. Pelo telefone, ele afirmou que estava ocupado e não poderia falar sobre o assunto.
A reportagem do O Olho entrou em contato com Ronaldo Mota, filho do PM Elias Júnior. De forma grosseria, ele atendeu, mas não quis comentar. Pelo telefone, ele afirmou que estava ocupado e não poderia falar sobre o assunto.
"Vocês publicam as coisas sem saber e fica chato. Não posso atender agora", desligou.
RÁDIO CLANDESTINA VOLTA AO AR
Ainda na manhã desta quarta-feira (19) após ser fechada pela Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) na manhã de ontem, a rádio Mutirão FM, de propriedade do PM Elias Júnior, voltou a funcionar na clandestinidade. Quem comanda a rádio é Ronaldo Mota. Por telefone, ele negou que a rádio tenha sido fechada.
Ainda na manhã desta quarta-feira (19) após ser fechada pela Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) na manhã de ontem, a rádio Mutirão FM, de propriedade do PM Elias Júnior, voltou a funcionar na clandestinidade. Quem comanda a rádio é Ronaldo Mota. Por telefone, ele negou que a rádio tenha sido fechada.
Fonte: O Olho
Edição: Jurandir Viana
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