E O PIAUÍ, VAI GANHAR O QUE MESMO ?

As autoridades públicas do Piauí e a sociedade precisam agir com urgência para que os investimentos em infraestrutura não sejam cada vez mais raros no estado, face a montanha de dinheiro que o governo federal vai aplicar nas capitais que vão sediar a copa do mundo em 2014 e os jogos olímpicos em 2016.

O risco é altissímo do Piauí ficar apenas com migalhas nos próximos quatro anos no setor de infraestrutura, extamente porque nem mesmo a sub-sede da copa em Parnaiba até agora foi garantida para que o mínimo de investimentos sejam assegurados.

O governador Wilson Martins e a bancada piauiense do Congresso precisam com urgência abrir o olho porque os estados do sul e sudeste e os que tem enconomia mais forte do nordeste tendem a ficar com todo investimento em infraestrutura nos próximos anos.

Só para se ter idéia o governo federal já anunciou investimentos de cerca de R$ 33 bilhões para os dois eventos. Somados aos gastos de estados, municípios e empresas, o investimento total pode chegar a R$ 50 bilhões nos dois megaeventos.

As 12 cidades-sede da copa - as grandes beneficiadas - são: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Recife e Salvador.

O ideal é que os estados não contemplados pelos investimentos da copa e olimpiada se unissem para pressionar o governo Dilma Rousseff a compensar com mais recursos esses estados, se não em infra-estrutura, pelo menos na área social, em particular na educação, saúde e saneamento básico.

São centenas de obras de melhoria da infraestrutura urbana das capitais beneficiadas: trasportes, estádios, aeroportos, saneamento, energia, rede hoteleira, segurança, redes de abastecimento d'água, empregos, etc.

Para se ter idéia, a única coisa que o Piauí ganhou até hoje quando da realização de grandes eventos no país, foi a esmola, digo, sobra dos jogos panamericanos, que aconteceu no Rio de Janeiro em 2007, quando foi "doado" um helicóptero esquilo - aquele que só transporta duas pessoas - para a nossa polícia militar.