Bombeiros e PMs doam sangue por vítimas e promovem desquartelamento nesta quarta-feira.
O presidente da Associação dos Bombeiros Militares do Piauí (Abmepi), Sargento Flaubert Rocha, afirmou que a corporação continuará com as doações de sangue pelos próximos dias.
Cerca de 100 Bombeiros e policiais militares estiveram hoje (16) no Emopi para fazer doação de sangue, como forma de protesto e, ao mesmo tempo, para homenagear Teresina pelos seus 159 anos. Amanhã, o movimento Polícia Legal, Tolerância Zero, promete mais manifestações para buscar apoio dos deputados estaduais no sentido de garantir negociação com o Governo do Estado. A ida do governador Wilson Martins a Brasília para solicitar mais homens da Força de Segurança Nacional é "sinal de desinteresse para atender as reivindicações".
O presidente da Associação dos Bombeiros Militares do Piauí (Abmepi), Sargento Flaubert Rocha, afirmou que a corporação continuará com as doações de sangue pelos próximos dias. Ele explica ainda que o movimento não é de greve e chama atenção do Ministério Público do Trabalho para a situação enfrentada. “Amanhã (17) será o dia do desaquartelamento”,diz.
“Desde a morte do soldado Paulo Barbosa, atingido por um tiro ao tentar impedir um assalto à uma agência dos Correios em Teresina no início deste mês, aumentou a preocupação de policiais e familiares pela falta de equipamentos de segurança. Bombeiros e policiais comparecem ao quartel e exigem equipamento para sair às ruas para se proteger. Se não tem, permanecemos no quartel. Se fosse trabalhador comum o MP do Trabalho estaria autuando e aplicando multas. Porque isso não aconteceu agora?”, questiona.
O presidente da Associação Nacional dos Praças (Anaspra), soldado Marco Prisco, da PM da Bahia, diz que as doações voluntárias serão em solidariedade ao índice de violência do final de semana. “Nós vamos doar sangue pelos 14 homicídios do final de semana e pela perca de sangue do segurança ontem no shopping, devido ao índice de violência”, destacou.
Fortalecendo o movimento, o vereador R. Silva faz uma séria denúncia contra o governo do Estado. Segundo ele, os policiais perderam cerca de 4.429 bolsas formação destinadas ao Piauí pelo Ministério da Justiça. “Isso representa R$ 443 a menos para o policial. São várias as reclamações, como a de que o policial militar precisa comprar peças de uniforme para executar seu serviço. Quando policial viaja é pago R$ 50 para hospedagem e alimentação, o que não dá nem mesmo para o alojamento. A PM do Piauí é uma das que mais sofre com isso”, lamentou.
Com Informações do GP1
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