Em seu depoimento perante o Delegado Regional Igor Gadelha, o acusado disse que no dia do fato estava em sua casa ouvindo som, acompanhado de sua mulher e da sogra, quando chegou o radialista pedindo que ele desligasse o equipamento de som; o acusado disse então que não desligaria, mas diminuiria o volume para não incomodar os vizinhos. Que diante da resposta negativa o radialista desferiu um soco no rosto do acusado e saiu de imediato em sua moto.
Ainda de acordo com a versão do depoimento de Marcelo, quando o radialista retornou, momentos depois, o acusado dirigiu-se até ele e perguntou “porque você bateu na minha cara ?”. De Imediato o radialista agrediu novamente o acusado, que revidou e entraram em luta corporal. Como neste momento o acusado portava uma “faquinha de serra”, José Francisco tentou tirá-la do acusado, que fez um movimento brusco, causando um corte na mão do radialista. Na luta corporal os dois saíram lesionados, conforme demonstrado em Exames de Corpo de Delito realizados em ambos no Hospital José Furtado de Mendonça, de São Miguel do Tapuio.
Em seu depoimento o acusado declarou também que não teve qualquer intenção de tirar a vida do radialista, nem foi impedido de fazê-lo por motivos alheios à sua vontade, como narrou a vítima.
Segundo informou o Advogado Dr. Josué, o fatos narrados pelo acusado, bem como os resultados dos exames técnicos não configuram o delito de tentativa de homicídio. “Devem ser enquadrados, em verdade, na tipificação do crime de lesões corporais recíprocas”, classificou o criminalista.
Fonte: Tapuionotícias
Edição: Jurandir Viana
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