Com uma hora exata de atraso os torcedores que estiveram presentes no novo campo de futebol do povoado, Açude do Mão Cortada, denominado de: Quinca Simão, puderam ver finalmente as duas equipes finalistas dispostas a praticarem o esporte bretão.
Antes disso o que se viu foi muita confusão. De um lado o dirigente, Zé Carlos dizendo que não iria colocar seu time em campo para ser goleado e humilhado na frente de sua torcida. A maior alegação de Zé Carlos, era a de que tinha três atletas suspensos e outros dois contundidos. Entre os impedidos de atuar estava a grande estrela do Real Madrid, o craque; Fagonnes.
Do lado contrário o técnico, dirigente e jogador, Mulica exigindo que o regulamento do torneio fosse obedecido, era só o que ele exigia. Ele enfatizou em sua fala, "Se os jogadores que receberam dois cartões amarelos puderem jogar, eu também vou jogar". Mulica, fazia esta reivindicação por ter sido expulso de campo na partida semi-final.
O dirigente do time da Vereda da Jurubeba, chegou a dizer o seguinte, "Podem entregar o troféu e os quatrocentos reais para o Corinthians, nós ficaremos satisfeitos com os duzentos reais do vice-campeonato".
Toda essa discussão ocorreu antes da chegada do coordenador de esportes de Castelo, Antonio José dos Santos Teixeira. Quando chegou foi procurado imediatamente pelos organizadores, Antonio da Cruz e Evandro, também pelos dois dirigentes das equipes finalistas.
Ao ficar sabendo do imbróglio, Teixeira disse que se não houvesse jogo, nenhum time receberia o dinheiro destinado à premiação. Sabendo dessa imposição, Mulica e Zé Carlos, conversaram novamente e decidiram que o jogo aconteceria.
Os organizadores, coordenador e dirigentes chegaram a um acordo e ficou resolvido, que os jogadores penalizados com cartões poderiam defender seus respectivos times. Mas a confusão não acabava por aí. Como se tudo que havia acontecido antes, fosse pouco os dois times sobem para o campo de jogo com uniformes idênticos, era o fim da picada literalmente.
Após nova conversa ficou decidido que o time da Vereda, trocaria de uniforme, mais demora para o inicio do tão aguardado jogo. Quando finalmente o apito foi trilado os bons relógios já marcavam, 16:26h.
Com a bola rolando não deu outra, o alvinegro das melancias foi pra cima do seu arquirival, e arrepiou as carrapetas. Com onze minutos da etapa inicial Lourinho de cabeça abriu o placar, após cabeceada em uma cobrança de escanteio. A torcida começava ali a fazer sua festa, e de quebra dava mais força para quem estava em campo defendendo o time corinthiano.
Quando o cronômetro dos árbitros, Toinho da Embrapa e Gilson Piranhas, marcava vinte e oito minutos do primeiro tempo, eis que surge o matador, Didi e aumenta a vantagem do campeão dos campeões de Castelo do Piauí. 2 x 0, bem molinho no placar do campo, Quinca Simão no Açude.
No segundo tempo não houve futebol, quem estava no Açude teve que aguentar foi muita poeira, e bota poeira nisso. Final de jogo, Corinthians ratificando-se como o maior time de Castelo na atualidade. Mais uma conquista, um novo troféu na sua já recheada galeria.
A festa dos corintianos começou no Tobas Bar, lá mesmo no Açude do Mão Cortada, e continuou no Povoado Burití do Sobrado. Local de treinos e reuniões dos atletas alvinegros.
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