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terça-feira, 22 de novembro de 2011

DONO DO FUTEBOL MUNDIAL NÃO QUER DEIXAR BRASILEIRO PRESIDIR A FIFA

Há clima bélico, de novo, na relação entre os presidentes da CBF, Ricardo Teixeira, e da Fifa, Joseph Blatter. A entrevista do suíço dizendo que membros do Comitê Executivo da entidade poderiam sair por acusações do caso ISL foi vista como ataque pelo brasileiro, sob quem há suspeita no episódio. Para o brasileiro, o suíço tem motivação eleitoral e quer afastá-lo para beneficiar o aliado Michel Platini na disputa pela Fifa em 2015.

O temor do cartola brasileiro é de que o presidente da Fifa tente fazer uma limpa no Comitê Executivo, retirando todos os seus inimigos atualmente. Além de Teixeira, estão ameaçados pelo caso ISL pelo menos o presidente da Conmebol, Nicolas Leóz (paraguaio), e o presidente da Confederação Africana de Futebol, Issa Hayatou (camaronês), além do ex-presidente da Fifa, João Havelange. Todos são apontados como receptores de propina da ex-parceira da entidade que dirige o futebol mundial.

Em dezembro, em reunião no Japão, Blatter promete mostrar documentos do processo de falência da ISL, no qual dirigentes do Comitê Executivo confessam ter recebido o dinheiro. Até hoje, essa ação é mantida em segredo de Justiça. Mas os cartolas envolvidos ainda podem manobrar no judiciário suíço para impedir a divulgação de seu nome.

Em outubro, quando o suíço se comprometeu a abrir o processo, os outros membros não se manifestaram em reunião do comitê. Não tinha ficado claro como estava a relação entre Teixeira e o presidente desde aquele episódio porque não houve encontros públicos entre eles. Em novembro, no Qatar, Teixeira se encontrou com o opositor do presidente da Fifa Mohammed bin Hamman, expulso da entidade por acusação de corrupção na eleição.

O novo litígio entre Teixeira e Blatter tem potencial para afetar a Copa. A Fifa subiu o tom contra o Brasil no início do ano quando os dois se desentenderam na última eleição da entidade, em junho. Na ocasião, o brasileiro flertou com Bin Hammam após o presidente da Fifa declarar apoio a Platini para 2015. Mas não é provável que ocorram declarações públicas de inimizada, com a guerra restrita aos bastidores.



Com Informações do Estadão

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